sexta-feira, 3 de abril de 2009

Gig dos Oasis

Corria uma normal noite de Setembro ou Agosto de 2008, quando, armado em marujo das internets, me deparo com a informação de um regresso dos Oasis a Portugal agendado para Fevereiro do ano seguinte, concerto marcado para o Pavilhão Atlântico (Lisboa). Sendo eu um admirador da banda dos irmãos Gallagher, rapidamente tratei de obter mais informações e avisar possíveis companheiros de viagem.
O bilhete foi comprado bastante cedo, e sucederam-se alguns meses de espera pelo dia 15/02, em que a expectativa e ansiedade em relação ao concerto era bastante.
Reunido um pequeno grupo de amigos com bilhete, decidiu-se rumar à capital de comboio, depois de algumas indecisões em relação à hora a que iríamos partir.

No grande dia, acordei bastante cedo de forma a ir adquirir os mantimentos para a viagem (six packs), e ainda ter tempo de pôr aquele néctar dos deuses a refrescar.
A partida foi dada logo a seguir ao almoço. Pode-se dizer que foi uma viagem bastante animada com algumas cervejas entre boas conversas e umas escapadinhas ao WC para a cigarrada ilegal, visto que agora não existe qualquer espaço para fumadores nos comboios da Cp.
A chegada foi dada a meio da tarde, e não pude deixar de reparar, que a largas horas do concerto já muita gente se encontrava a fazer filas para entrar e a aglomerar-se junto às portas do PA. Parece que de facto esta banda que foi bastante popular em Portugal nos anos 90 continua a ter uma grande legião de fans nacional.
Prontamente nos dirigimos para um qualquer local onde pudéssemos esvaziar as restantes latas de cerveja que já começavam a aquecer. Não pude neste momento também deixar de reparar, que a largas horas do concerto já muita gente se encontrava a fazer filas para entrar e junto às portas do PA. Melhor local não poderíamos ter encontrado que um pequeno muro com vista para o rio, onde fomos presenteados não só com essa belíssima vista como também por uma rapaziada um tanto ou quanto amorangada a praticar o parkour mais boiola que já pude presenciar, ao menos que saltem de prédios de 7 andares se é para andarem armados em macacos, eheh.
Já sem uma única lata de cerveja para emborcar, decidimos rumar à zona de bares e restaurantes do parque das nações, procurando um Irish pub onde se pudesse beber umas pints. Encontrado o Irish, dirigimo-nos para a esplanada, sim para a esplanada em Fevereiro não fosse este um bonito dia que mais parecia de primavera!
Primeiras rodadas de pints a serem servidas, e também os primeiros pesos na consciência visto o preço abusivo da Guiness naquelas paragens, que de facto são mesmo para o turista.
Conversas animadas com gente de Lisboa que também lá se encontrava connosco, e a hora ia avançando, já era tempo de comer algo antes de nos dirigirmos para o PA, e também tempo de continuar-mos a ser “chulados” mas também bem servidos, com umas sandes de atum do melhor.

Dirigimo-nos até junto à nossa porta de entrada no Pavilhão Atlântico, enquanto uns optavam por irem ao 0,5l de cerveja, desta feita já a portuguesa sagres, outros optavam pelas caipirinhas, e mais amigos de Lisboa iam chegando ao nosso encontro para assistirmos ao concerto juntos.
Entrámos no Pavilhão a meio do concerto dos Free Peace, banda que abriu o concerto, sobre a actuação deles não tenho muito a dizer pois aproveitei esse tempo para visitar a banca de merch, mudar a àgua às azeitonas e virar mais uns canecos.
Foi ao som da Fuckin’ In The Bushes com que me despedi do bar, correndo de copo na mão em busca do lugar mais à frente possível, tarde demais pensam vocês, mas a verdade é que ainda consegui um lugar bastante bom. Foi desta forma com que me perdi da maioria da minha alta, e assisti ao concerto com outros dois amigos que me acompanharam nesta cruzada em busca do melhor lugar. O concerto seguiu com uma música que aprecio bastante, a Rock’n’roll Star, onde apareceram os primeiros sing-a-longs, e assim foi um desfilar tanto de temas mais recentes como dos maiores clássicos dos Oasis, ficaram por tocar muitas das minhas favoritas mas não se pode agradar a gregos e troianos. Os pontos altos da noite foram obviamente a Wonderwall e a Don’t Look Back In Anger, e certos momentos para minha decepção foram um pouco mortos, como por exemplo “a minha” Cigarretes & Alcohol, ou mesmo a Supersonic, em que esperava um pouco mais de movimento e cantoria. Algo que notei, com alguma surpresa foi um publico bastante jovem, não fazia ideia que existissem tantos fans de Oasis numa faixa etária dos 16-18 anos, e talvez isso ressentiu-se em algumas grandes musicas menos cantadas e na euforia aquando dos dois maiores hits dos manos Gallagher. Esta grande banda despediu-se de Portugal, com o que para mim foi um dos melhores momentos, a cover da I Am The Walrus, dos também enormes Beatles, outro dos grandes momentos em que notei que passou despercebido a muita gente, infelizmente. Pelo meio, Noel Gallagher mostrou-me bastante mais simpático do que é seu apanágio, fazendo a pergunta “- Do you love me?” ao publico, assim como dizendo que gostaria que José Mourinho regressasse a terras de sua majestada, de preferência para o Man City, como é obvio. Liam Gallagher ofereceu ainda duas pandeiretas ao publico.


A setlist foi a seguinte:
- Fuckin’ In The Bushes
- Rock’n’roll Star
- Lyla
- The Shock Of Lightning
- Cigarretes and Alcohol
- The Meaning of Soul
- To Be Where There’s Life
- Waiting For The Rapture
- The Masterplan
- Songbird
- Slide Away
- Morning Glory
- Ain’t Got Nothin’
- The Importance Of Being Idle
- I’m Outta Time
- Wonderwall
- Supersonic
- Don’t Look Back In Anger
- Falling Down
- Champagne Supernova
- I Am The Walrus

O resto da noite, consistiu em virar meia duzia de copos e seguir para “uma sala bem curtida” onde pernoitamos até a hora de apanhar o comboio de volta pela manha.

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